quarta-feira, 30 de julho de 2014

Aula 01 - Resenha: "Hello World! Processing"



Todos os vídeos, textos e mídias em geral que já vi a respeito de Processing, Arduino e ferramentas de programação para “não-programadores” tentam convencer o espectador entusiasta de que programar é legal e fácil com a linguagem ou ferramenta que eles propõem. O documentário “Hello World! Processing” não é diferente. Verdade seja dita: programar não é legal. O resultado do trabalho geralmente árduo de programação é que é muito legal e recompensador. 

Aos vinte e três minutos, Kate Hollenbach aponta: 

“One of the most important advantages of Processing is that it makes it really easy to teach programming to peole who are primarily interested in visual design and the arts. Processing makes it a lot simpler to write programs that put things on screen faster”

Para ficar OK eu só substituiria “really easy” por “easier”. Apesar de parecer que estou me contradizendo, concordo que nenhum outro ambiente de programação gratuito que conheço oferece recursos tão especializados em desenho interativo e dinâmico computacional. Portanto, o Processing ganha um ponto para este fim. E por isso, “easier”.

Casey Reas e Ben Fry afirmam que o Processing foi criado para que o sujeito com uma ideia saia do campo da imaginação e esboce-a no computador. Este sim é o ponto que considero o maior trunfo da ferramenta para quem sabe usá-la. 

Nos últimos minutos o filme aborda a comunidade – usuários, desenvolvedores, contribuidores, – uma menção relevantíssima para explicar o sucesso da ferramenta.

Para um documentário, penso que “Hello World! Processing” foi conceitual demais. Deu pra entender que a linguagem foi criada para prototipar, rascunhar, descartar, desenhar, entreter, produzir... Mas falta realidade. Um exemplo muito interessante abordado no filme foi o uso do Processing para visualização de dados. Dados visuais são naturalmente mais atrativos do que tabelados. Certamente existem outras boas aplicações além desta que poderiam ter sido abordadas também. O documentário deveria ter *documentado* mais.

p.s.: a animação hipnótica da UCLA sobre “o que é computação” que aparece em trechos no filme deve ter feito muitos pré-universitários desistirem de cursar computação em 1957...!